quinta-feira, 28 de julho de 2016

 Por Andréia Eiras / Dilmara Freire

Sobre a questão de amamentar em público, uma breve reflexão.



Pensamos que essa decisão vem primeiro da própria mãe.
Grande parte das mulheres tem preconceito com seu próprio corpo, o desconhecem e querem esconder. Muitas vezes não se expõe nem mesmo em casa, tendo pouca liberdade com seu próprio corpo e consequentemente no ato de amamentar.
Também é necessário levar em consideração a visão do companheiro, como foi sua educação, criação e suas idéias.
Para enfim podermos pensar na amamentação em público.
Mesmo com a nossa cultura ser forte para que a amamentação seja feita em local privado e não em público, vemos que em meados do século 15 já existem relatos fotográficos de amamentação sem pudores e com grande sensibilidade.
Conseguem retratar a amamentação com grande liberdade como nessa figura. Sem problema em expor as mamas.








Representação de Maria, amamentando o menino Jesus, atribuída a Robert Campin ( séculos XIV e XV)

















Século 19
Impressionismo no Brasil. Obra de Eliseu Visconti

Antes de tudo é uma questão filosófica e cultural muito forte. Num País onde se fala de tantos preconceitos ainda vividos, a exposição do ato de amamentar apesar de ter um “que” de sensualidade , estando tudo conectado com o universo de gestação, parto e pós-parto, existe obviamente raiz de sexualidade, porém não erótico.
Amamentar é um ATO de amor, de entrega. Não deve ser visto de forma alguma como um ato obsceno; e sim como algo respeitoso, amoroso e sagrado.
Essa reflexão deveria ser iniciada dentro de nossas casas, com nossos filhos, sem deixar de lado a educação dos nossos filhos “meninos” que será pai e poderá ajudar ou não na amamentação de sua futura companheira; que poderá ser apoiada em todos os sentidos, sem medos e censuras.
Pra se mudar algo, é necessário começar do começo. Como ensinamos nossos filhos, como abordamos esse tema, como encaramos a nossa própria sexualidade.




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