Hugo Sabatino recebe homenagem do Ministério da Saúde
Talita Matias
Fotos: Antonio ScarpinettiEdição das imagens: Everaldo Silva
[13/12/2010] Como reconhecimento por seu trabalho em prol da humanização do parto, Hugo Sabatino, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e médico do Hospital da Mulher José Aristodemo Pinotti – Caism/Unicamp recebeu em Brasília uma homenagem, em forma de diploma, do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A premiação foi entregue durante a III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, realizada no final de novembro.
Sabatino foi o principal idealizador da criação da Rede pela Humanização do Nascimento (Rehuna), em Campinas, em 1993, no I Encontro de Parto Humanizado (Enparh). O encontro inicial reuniu 33 pessoas, vindas de várias regiões do Brasil e comprometidas com ações na área. O objetivo era juntar forças para trabalhar pela humanização do parto e nascimento no país. Como resultado das atividades dos participantes foi divulgado um manifesto. “Nós criamos a Carta de Campinas. Isso teve uma repercussão muito grande e os participantes que representavam o país começaram a trabalhar pela humanização”, recordou Sabatino.
A atuação do professor, porém, começava 13 anos antes, quando Jailson Sanches, aluno de medicina da Unicamp e sua esposa Rubia Mitiko Fuquda, ao final da gravidez, procuraram Sabatino para que seu parto fosse natural, sem anestesia e em posição de cócoras. O casal construiu uma cadeira para facilitar a realização do parto nessa posição. Para atender a solicitação foi estabelecida a apresentação de um projeto de pesquisa na Faculdade e determinado que a cadeira deveria ser doada para que outras mulheres pudessem ter seus partos na posição vertical e desta forma contribuir com a pesquisa. O projeto foi aceito pelo professor José Aristodemo Pinotti, que na época era Chefe de Departamento de Tocoginecologia da FCM, que funcionava nas dependências da Santa Casa de Misericórdia de Campinas.
Como o método mostrou-se satisfatório, Sabatino passou a incentivá-lo e com a união de outras pessoas, foi criado o Grupo de Parto Alternativo (GPA), ligado ao Departamento de Tocoginecologia. Entre os objetivos estavam a preparação do casal, o incentivo à presença de um acompanhante na hora do parto e ao respeito dos processos fisiológicos do nascimento, além de estímulo ao fortalecimento da relação entre a mãe e o filho, por meio do contato pele a pele imediato e do aleitamento materno.
Para que o método tivesse comprovação cientifica, o professor Sabatino e pesquisadores da Unicamp empreenderam estudos para demonstrar sua eficácia. E seis anos depois do primeiro parto realizado nesta posição, o médico criou outra cadeira de parto, produzida com material de fibra de vidro. Somente nesta cadeira, cuja patente foi doada à universidade, já foram realizados mais de 2.500 partos.
Com a criação da Rehuna, os ideais defendidos pelo grupo puderam ser divulgados com maior amplitude pelos participantes. A rede, que hoje é coordenada pelo médico Marcos Leite dos Santos, reuniu 5.000 participantes em sua terceira conferência internacional. Ao longo de quase vinte anos tem conseguido cumprir metas arroladas na Carta de Campinas como a divulgação e implantação de métodos de parto humanizado e o resgate do momento do nascimento como evento de profundas consequências para mães e filhos. “A homenagem, recebida em Brasília, foi um agradecimento a esta iniciativa”, realçou Sabatino.
Talita Matias
Fotos: Antonio ScarpinettiEdição das imagens: Everaldo Silva
[13/12/2010] Como reconhecimento por seu trabalho em prol da humanização do parto, Hugo Sabatino, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e médico do Hospital da Mulher José Aristodemo Pinotti – Caism/Unicamp recebeu em Brasília uma homenagem, em forma de diploma, do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A premiação foi entregue durante a III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, realizada no final de novembro.
Sabatino foi o principal idealizador da criação da Rede pela Humanização do Nascimento (Rehuna), em Campinas, em 1993, no I Encontro de Parto Humanizado (Enparh). O encontro inicial reuniu 33 pessoas, vindas de várias regiões do Brasil e comprometidas com ações na área. O objetivo era juntar forças para trabalhar pela humanização do parto e nascimento no país. Como resultado das atividades dos participantes foi divulgado um manifesto. “Nós criamos a Carta de Campinas. Isso teve uma repercussão muito grande e os participantes que representavam o país começaram a trabalhar pela humanização”, recordou Sabatino.
A atuação do professor, porém, começava 13 anos antes, quando Jailson Sanches, aluno de medicina da Unicamp e sua esposa Rubia Mitiko Fuquda, ao final da gravidez, procuraram Sabatino para que seu parto fosse natural, sem anestesia e em posição de cócoras. O casal construiu uma cadeira para facilitar a realização do parto nessa posição. Para atender a solicitação foi estabelecida a apresentação de um projeto de pesquisa na Faculdade e determinado que a cadeira deveria ser doada para que outras mulheres pudessem ter seus partos na posição vertical e desta forma contribuir com a pesquisa. O projeto foi aceito pelo professor José Aristodemo Pinotti, que na época era Chefe de Departamento de Tocoginecologia da FCM, que funcionava nas dependências da Santa Casa de Misericórdia de Campinas.
Como o método mostrou-se satisfatório, Sabatino passou a incentivá-lo e com a união de outras pessoas, foi criado o Grupo de Parto Alternativo (GPA), ligado ao Departamento de Tocoginecologia. Entre os objetivos estavam a preparação do casal, o incentivo à presença de um acompanhante na hora do parto e ao respeito dos processos fisiológicos do nascimento, além de estímulo ao fortalecimento da relação entre a mãe e o filho, por meio do contato pele a pele imediato e do aleitamento materno.
Para que o método tivesse comprovação cientifica, o professor Sabatino e pesquisadores da Unicamp empreenderam estudos para demonstrar sua eficácia. E seis anos depois do primeiro parto realizado nesta posição, o médico criou outra cadeira de parto, produzida com material de fibra de vidro. Somente nesta cadeira, cuja patente foi doada à universidade, já foram realizados mais de 2.500 partos.
Com a criação da Rehuna, os ideais defendidos pelo grupo puderam ser divulgados com maior amplitude pelos participantes. A rede, que hoje é coordenada pelo médico Marcos Leite dos Santos, reuniu 5.000 participantes em sua terceira conferência internacional. Ao longo de quase vinte anos tem conseguido cumprir metas arroladas na Carta de Campinas como a divulgação e implantação de métodos de parto humanizado e o resgate do momento do nascimento como evento de profundas consequências para mães e filhos. “A homenagem, recebida em Brasília, foi um agradecimento a esta iniciativa”, realçou Sabatino.
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